15 julho 2010

Crystal- Filha da guerra (parte7)

Crystal preparou massa á bolonhesa, Paul comeu como se já não comesse á meses.
"Está bom suponho"- Brincou Crystal.
"Está divinal, muito obrigado."
"Ainda bem que gostas, come á vontade. Tens sitio onde passar a noite?"
"Agora que falas nisso, não, nunca mais me lembrei disso.Mas eu arranjo um quarto num hotel qualquer."
"Não, não é preciso, podes ficar aqui, temos espaço para ti."
"Não, não quero incomodar mais do que já incomodei. Já fizeram muito por mim."
"Não sejas parvo. Ah...desculpa."- Crystal ficou embaraçada, levou as mãos á cara.
"Não faz mal, não te preocupes"- Respondeu Paul rindo-se
"Desculpa a sério. Não sei porque é que disse aquilo."
"Não te preocupes, não tem mal nenhum. De certeza que não há problema se ficar aqui por esta noite?"
"Não, podes ficar o tempo que precisares, estás á vontade."
"Só vou ficar esta noite, mas obrigado pela hospitalidade."
"Não tens que agradecer, é bom ter-te aqui."
Trocaram olhares carinhosos, mas Paul obrigou-se a parar, ela era ainda uma criança, afastou o olhar, apesar de Crystal continuar a olhar para ele. Ela não via mal nenhum nisso.
"Crystal, gostava de descansar um pouquinho."-Disse Paul mais para aliviar o ambiente do que por necessidade.
"Certo. Anda."-Crystal levou-o ao quarto de hóspedes. Dolores tinha feito a cama minutos antes de se ir deitar.
"Que achas, serve?"
"Se serve? Estás a brincar certo, tá excelente, eu dormiria bem nem que fosse no chão"
Riram-se, despediram-se, Crystal deu-lhe um beijo no rosto e saiu sem nada dizer.
Paul ficara a noite toda a pensar naquele beijo, tão inocente, mas ao mesmo tempo sentiu algo especial.
De manhã, desceu á cozinha e reparou em Dolores. "Posso tomar um banho? Pensei fazê-lo ontem mas não quero abusar da vossa hospitalidade."
"Ora essa homem, esteja á vontade, faça como se estivesse em sua casa"
"Muito obrigado, a sério, já venho então."
"Ok, até já"
Paul tomou banho, e ao dirigir-se ao quarto deu de caras com Crystal, esta lançara-lhe um olhar breve e curioso e descera as escadas.
"Que estúpido, bolas..."-Pensou ja no quarto, enquanto se vestia.Crystal vira-o só com a toalha.
Desceu, encarou Crystal e pediu-lhe desculpas pelas figuras que tinha feito.
"Não tem problema, tavas a sair do banho, é normal. Por falar nisso, não queres outra roupa, essa ta toda suja e rasgada."
"Não, a sério, não posso andar aí sem a farda, ainda pensavam que estava a fugir do dever."
"Á pois, é verdade, ok, sendo assim, senta-te come alguma coisa, temos panquecas e sumo de laranja, gostas?"
"Adoro.Vo comer qualquer coisa, vou ajudá-las no que precisarem e depois vo fazer-me á estrada."
"Não precisa ajudar em nada, já faz muito pelo pais."-Dolores interveio na conversa, antes de sair, ela não se envolvia muito em conversas, dizia somente o essencial.
"Mas eu quero ajudar, se não se importarem, têm trabalho pesado aqui na quinta de certeza, posso ajudar."
"Não, a sério, podes ir, nós desenrascamo-nos, temos feito tudo sozinhas, infelizmente."
"Ficava melhor comigo mesmo se fizesse algo para retribuir a vossa generosidade."
"Pronto, está bem, come descansado, vo pensar em algo para fazeres."

Paul ajudou a amontoar o feno que tinha sido junto no dia anterior, amontoaram-no no estábulo, demorou 3 horas a amontoar os 2000 fardos de feno, quando terminou, foi tomar banho e foi-se embora, estava na altura.
"Adeus, D.Dolores, muito obrigado por tudo o que fez por mim, o que posso fazer para agradecer?"
"Traga os homens desta familia de volta, são e salvos."
"Vo fazer os possiveis para os descobrir, prometo."
"Ok, espero que estejam bem."
"Estarão com certeza."
Depois, dirigiu-se a Crystal
"Adeus,Crystal. Gostei de te conhecer, muito obrigado por me teres tirado daquele maldito avião."
"Tambem gostei de ter conhecer, foi bom puder ajudar um veterano de guerra, por favor sobrevive, aparece sempre que quiseres."
"Assim que acabar a guerra volto para ver como vocês estão, prometo."
"Espero que cumpras a promessa."
"Vo cumprir, não te preocupes.Eu volto."
Despediram-se com um beijo no rosto, desta vez Paul tinha a certeza dos seus sentimentos por ela, e os dela por ele, mas até ela ter 18 anos, nada podia fazer.

Meteu-se a caminho, ia caminhar por uns quilometros e tentar arranjar uma boleia.
Olhou para trás ao fim de alguns minutos a caminhar e apercebeu-se que Crystal ainda ali estava, á saída da quinta a olhar na sua direcção.
Olhou mais atentamente para ela e reparou que havia algo diferente na sua expressão.

5 comentários:

  1. E o resto? Acabas assim? Um romance destes fica paradooooo xD Quero o resto =P

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  2. Ah já agora...esta a ficar cada vez mais LINDA =DDDDDD

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  3. Fica em standby até voltares das tuas férias boa?
    Vo continuar a escrever mas só posto quando as puderes ler ;)
    Obrigado, eu esforço-me ;)

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  4. Obrigada por esperares por mim :$ Fico muito agradecida, mas vou ficar curiosa e ansiosaaaa até lá

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  5. Não ficas nada, ninguem vai saber nada antes de ti por isso só eu é que vou saber da continução :P

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