02 julho 2010

John&Kate VII

Agora que Kate trabalhava em casa tinha mais tempo e não estava tão stressada, o que seria bom para cumprirem o objectivo, quanto mais stressada e nervosa por não conseguirem nada pior.
Tiveram noites longas de paixão, não o faziam por obrigação, amavam-se da mesma maneira, era um sentimento partilhado, e aquele, um momento de união.
John tirou férias, as primeiras desde daquelas maravilhosas na ilha.
Desta vez não foram para fora, ficaram em casa, não tinham horas de viagens, demorava apenas 20 minutos de casa até á praia, como tal não precisavam ir a lado nenhum.
As manhãs eram passadas na cama, quer fosse a dormir ou a namorar, depois de almoço iam para a praia, apanhavam banhos de sol, e intervalavam com uns mergulhos.
Iam jantar a casa e se tivessem na disposição voltavam á praia, para um passeio nocturno, na praia agora deserta.
Eram raras as vezes em que não se sentavam, abraçados, no areal, a admirar o céu estrelado.
Se não se sentavam no areal, deitavam-se na cama de rede de sua casa, também era agradável, e chegaram a dormir ali, nas noites mais quentes.
Tiveram um mês inteiro de férias, claro que Kate pintava quadros, afinal não precisava sair de casa para o fazer, já John lia os mail's e recebia alguns telefonemas.
Mas não se restringiam ao trabalho, queriam estar juntos.
Quando chegou ao fim o mês de férias, estavam em sintonia, tinham partilhado tanta coisa, tinham-se entregue um ao outro por completo.
A dor tinha sido apaziguada, tinham-na posto de lado e tinham agora o coração cheio de amor.
John voltou ao banco e foi informado que tinha uma reunião daí a 20 minutos com quem tinha o resto de das acções, para discutirem onde iriam abrir a nova sede.
Preparou-se, recolheu alguns papeis que tinha na sua secretária, actualizações, e dirigiu-se á sala de reuniões.
Quando la chegou a sala estava vazia, o que deu para repor os pensamentos, mas deu por si a pensar em Kate, como ela estaria, o que fazia, estaria ela a pensar em si, estava já noutro planeta quando bateram á porta, era a sua assistente a informar que tinha uma chamada na linha 3, era Kate.
John precipitou-se para o telefone, temendo o pior.
"Que se passa querida, magoaste-te? Estás bem?"
"Calma, está tudo bem sim, só queria ouvir a tua voz, estava a pintar e perdi a inspiração, comecei a pensar em ti e decidi telefonar-te"
"Estavas a pensar em mim era?" John estava mais calmo e sentou-se.
"Sim, tenho saudades tuas, quero estar contigo"
"Não posso querida, estou na sala de reuniões á espera dos meus sócios, vamos decidir onde será a próxima sede do banco, é importante."
"E não podes vir almoçar comigo? Tenho mesmo muitas saudades tuas." Kate falava agora como uma criança, queria que John soubesse como ela se sentia.
"Não sei, depende de como correr a reunião, mas se fosse a ti não contava com isso, é capaz de durar o dia inteiro."
"Pronto está bem, vou ver se consigo pintar mais alguma coisa, senão deito-me e durmo a tarde toda"
"Tens uma lata, eu aqui preso e tu vais dormir"
"Eu avisei-te que queria a tua companhia, não queres vou dormir"
Entraram os sócios de John, mas ao aperceberem-se que este estava ao telefone esperaram á porta.
"Chegaram, preciso de desligar, amo-te muito"
"Também te amo muito, até logo"
"Dorme bem, sonha comigo" John falou baixo para que não se apercebessem com quem falavam
"Não sei se quero, és mau" No tom de brincadeira, Kate provocava John
"Não sou nada, não posso e sabes disso, mas compenso-te quando aí chegar, prometo"
"Fico á espera"
"Agora tenho de ir, já me estão a lançar olhares de reprovação, adeus, amo-te muito."
"Ok, boa reunião, amo-te"
Desligou o telefone e pediu desculpa por ter estado ao telefone.
Sentaram-se e expuseram as hipóteses a John.
A melhor opção seria na Austrália, o mercado la estava a crescer e pelas suas contas em menos de 2 anos estariam a ter lucros.
John verificou as projecções e concordou, seria a melhor opção.
Tinham agora que destacar ou contratar alguém para gerir o 1º banco que tiram no estrangeiro.
"Também já tratámos isso na tua ausência John e achamos que a melhor opção seria alguém de dentro, alguém em quem temos a plena confiança."
"E já escolheram alguém?"
"Sim, a melhor opção seria ires tu, nada te prende aqui, a tua mulher trabalha em casa, podia fazer o mesmo lá, e não tens filh...."- Parou antes de acabar, mas o mal já estava feito, John percebera.
Mas John controlou-se, fechou os olhos por instantes, bebeu um gole de água e respondeu.
" Não é assim tão fácil, terei de falar com Kate primeiro, não posso dar resposta agora, não posso deixar tudo e partir"
"Claro, mas precisamos de uma resposta o mais breve possível, queremos mesmo aproveitar esta oportunidade de crescer."
"Compreendo, darei a resposta o mais rapidamente possível"
"Pronto, se não tiverem mais questões daria por terminada a reunião."
Tinham estado em reunião durante 2 horas e era agora hora de almoço, John ficou sentado na cadeira onde estava, ainda se encontrava atordoado, contente e com vontade de ir mas estava ainda atordoado.
Finalmente levantou-se, arrumou a secretária e foi ao seu escritório arquivar os documentos e ia almoçar a casa.
No caminho para casa parou numa florista e comprou um ramo de rosas brancas para Kate.
Entrou em casa sem fazer barulho, largou a pasta á entrada, descalçou-se, tirou o casaco e aliviou a gravata.
Dirigiu-e então ao quarto, Kate estava a dormir, deitou-se levemente na cama e aconchegou-a.
John tinha 1 hora para o almoço mas prolongou-se, observou-a enquanto esta dormia, adorava vê-la tão relaxada.
Quando Kate acordou e olhou para John um enorme sorriso e um caloroso abraço saíram disparados.
"Vieste, podias ter dito, tinha feito alguma coisa para os dois"
"Queria fazer-te uma surpresa, tens ai umas rosas, tinhas posto numa jarra, á cabeceira da cama, do lado de Kate.
"São lindas obrigado amor."
"Quando tens que ir outra vez?"
"Na verdade já lá devia estar"-Sorriu, olhando para o relógio.- "Mas estava a ver-te dormir, sabes que adoro"
"Gosto tanto de ti, contentas-te com tão pouco."
"Pouco? Ver-te dormir tão descansada faz-me muito feliz, significa que nada te incomoda, estás tranquila aqui"
"Sim, não tenho nada com que preocupar, certo?"-O tom era mais de desafio do que de dúvida.
"Claro que não, sabes que és tudo para mim, e quem se devia preocupar era eu, ainda foges com o carteiro"
"Já vi o carteiro"
"Não tens que te preocupar com ele" sussurrou-lhe o ouvido.
Envolveram-se numa luta amigável, Kate estava feliz por ele ali estar, tinha imensas saudades dele.
Acabaram a luta com um apertado abraço.
Deitaram-se os dois, trocando carícias.
Passava 1 hora da hora de almoço e John estava agora na cama com Kate, uma coisa levou a outra, mas teve que sair logo a seguir, pegou em Kate, levou-a para a banheira e partilharam-na num breve duche.
"Tenho mesmo e ir, desculpa, detesto estas coisas."
John adorava ficar abraçado a Kate depois de fazerem amor, não gostava de sair logo a seguir, mas tinha de ser.
Vestiu-se a correr, e dirigiu-se á porta.
"Mas não comeste nada, afinal foi esse o motivo para que vieste"
"É verdade, tu dás comigo em maluco"-Riram a plenos pulmões
"Toma, não quero que morras á fome" Disse Kate dando-lhe uma sandes e uma maçã.
"Obrigado, assim já gosto de ti" Sorriu, deu-lhe um beijo e saiu a correr.
"John!" gritou Kate
Este parou e olhou para ela.
"Obrigado, adorei a surpresa."
"Eu adorei surpreender-te" Riram novamente
Kate regressou a casa a suspirar, estava tão apaixonada, talvez até mais, do que no dia em que começaram a namorar.
John percorreu o caminho para o trabalho a correr, e ao chegar lá lembrou.se porque tinha ido a casa, tinha intenções de contar a Kate o que se tinha tratado na reunião.
Mas ao vê-la a dormir e a maneira como ela o recebeu depois de acordar fizeram-no esquecer por completo tudo o resto, só tinha olhos para ela.

No banco ninguém tinha dado conta da falta dele, para seu grande alivio, mas com que se preocupava ele, não tinha a quem dar explicações, o chefe ali era ele, é certo que dividia o cargo com os outros accionistas, mas tinha uma palavra a dizer, John esquecia-se que era ele quem mandava ali.
O dia foi tranquilo, tratou de um monte de papeis mas de resto tudo calmo
Quando o dia chegou ao fim, no caminho para casa, John pensou na melhor maneira de contar a Kate, sobre a eventual ida para a Austrália.

Ao chegar a casa, John ouviu música vinda de sua casa.
Entrou e Kate estava a pintar e a cantar em plenos pulmões.
"Olá, gritou no meio da letra, e depois continuou."
"Estás muito contente, que se passou á tarde?" Aproximou-se dela, e beijou-a na testa.
"Nada de especial, digamos que a hora de almoço foi maravilhosa e animou o resto do dia e provavelmente o resto da semana"
"Wow, sinto-me lisonjeado, obrigado"
Foi ao quarto vestir algo mais confortável e regressou á sala, atirou-se para o sofá e observou Kate por alguns minutos,
Quando Kate olhou na sua direcção, John estava pensativo, kate foi desligar a música.
" Que se passa? Está tudo bem?"
"Sim, está tudo bem, mas precisamos falar"
"Kate pousou os pincéis e foi ter com ele"
John não sabia como começar, estava receoso da resposta da mulher.
"Não sei como começar"
"John, estas a começar a assustar-me que se passa?"
" Não precisas ficar assustada, mas..."- Organizou as ideias por uns segundos e depois continuou. "Hoje na reunião, decidimos que íamos expandir o banco na Austrália"
"Tão mas isso é bom, não é ?" Estava confusa.
"Sim, é maravilhoso, mas eu fui destacado para gerir o banco, o que implica mudar-me para lá."
Kate levantou-se, mas por muito que temesse a sua reacção John não esperava a resposta que lhe foi dada.

3 comentários:

  1. tu és rato xD realmente... e andares mais um pouco??podias ter continuado xD ate ela dizer a resposta pah!

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  2. Concordo com o David, podias ter continuado mais um pouquinho pah. Ai ai que o menino anda a portar-se mal xD
    Vá...tou pa ver quando sai a outra parte fresquinha xD Ansiosaaaaa

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  3. Eu pus esta parte a acabar na Austrália, no paragrafo anterior, mas depois editei de propósito para dar ficarem na expectativa XD
    Tem que ser, tenho que vos manter no suspense :P
    Em principio sai hoje a parte 8 ;)

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