05 julho 2010

John&Kate X

"Estou, estou a falar com Kate?"
"Sim, mas quem fala?"
"Provavelmente não sabe quem fala, mas eu há anos que ando á sua procura"
"Á minha procura? Porque haveria de estar á minha procura?"
"Eu vivo numa ilha no indico, nasci aqui, a minha mãe teve uma filha uns anos antes de mim mas não a conheço, não sabia onde a encontrar."
"Mas, o que quer dizer com tudo isto?"
"Você é a minha irmã"
Kate estava em choque, á mais de 10 anos que não sabia da mãe, os pais tinham-se separado havia 12 anos, só mantinha o contacto com o pai, e nos últimos anos até isso era raro.
"Você está a brincar certo?"
"Não Kate, eu levo isto muito a sério, á anos que procuro por si."
"Mas isto não é assim, não se telefona para as pessoas e se diz que são irmãos."
"Kate escute, eu posso prová-lo, vou ter consigo, levo fotos da mãe, fazemos testes de ADN se achar correcto."
"O senhor vai-me desculpar mas não posso, aliás não consigo acreditar em si."
"É normal Kate, não é todos os dias que sabemos que temos um irmão que não conhecemos, também fiquei assim quando soube da sua existência."
"Não sei o que pretende de mim, a ser verdade o que diz, o que pretende de mim?"
"Nada, não pretendo nada de si, só queria conhecer a minha irmã, a irmã mais velha que nunca tive e afinal existe. Queria recuperar os anos que perdi."
"Dê-me algum tempo para pensar no assunto"
"Kate, vou-lhe dar uns dias para interiorizar o que lhe disse, volto a ligar dentro de 3 dias pode ser?"
"Agradecia."
Kate desligou o telefone, estava em estado de choque, John que estava ao seu lado, ouviu a sua parte da conversa e não percebeu nada.
"Que se passou?"
"Ligaram-me a dizer que era meu irmão, filho da minha mãe."
"A sério? Que estranho, é certo que não falas com ela á anos mas penso que ela to diria, digo eu claro,"
"Pois, mas pelos vistos não disse."
"E o que ele queria, pediu-te alguma coisa?"
"Queria conhecer-me, recuperar os anos perdidos, não quer mais nada, segundo ele"
"É normal que te queira conhecer, a ser verdade é normal
O que tencionas fazer em relação a isto?"
"Não sei sinceramente não sei, ele vai-me dar 3 dias para pensar e depois volta a ligar. Mas sinceramente não sei o que pensar."
"Tem calma, tens muito em que pensar, queres relacionar-te com ele a ser verdade?"
"Sim, não,quer dizer não sei, é tudo tão estranho. Que farias se fosse contigo?"
"Não te quero influenciar, mas acho que a ser verdade deverias dar-lhe uma oportunidade, foi ele que te procurou."
"Bem sim, ele diz que anda á anos á minha procura."
Kate já não tinha vontade de sair, precisava pensar no assunto.
John compreendeu e ofereceu-se para a ajudar, mas Kate disse que se precisasse lhe diria, foi se deitar.
Ele aproveitou e retomou a olhar para a papelada, apesar de pensar nela e se ela estaria bem, mas nada podia fazer, pelo menos por enquanto.
"John"-chamou Kate
"Diz" -foi a correr ter com ela.
"Calma"- Disse ela apercebendo-se que tinha assustado John- " Apetecia-me um gelado de frutos silvestres."
"Ok"- ligou para o serviço de quarto, mas estes já não tinha gelados.
"Bem, parece que não há, desculpa."
"Oh, mas apetecia-me mesmo muito"
"É assim tanta a vontade?"
"Siiim."-Disse Kate implorando.
"Pronto tá bem, vo ver se arranjo uma loja para comprar o teu gelado"
"Booa, és um amor, estou á espera"
John foi á rua ver se ainda apanhava uma loja aberta e que tivesse o tão desejado gelado.
Andou durante alguns quarteirões, entrou numa pequena loja de conveniência, que por sorte ainda estava aberta.
"Boa noite, tem gelados de frutos silvestres?"
"Boa noite, temos sim" Respondeu o dono, deslocando-se e indo buscar o gelado.
"Só espero que seja este, senão vou ouvir sermão" -Disse John mais em tom de gozo do que de verdade.
"Tão mas é assim tão importante este gelado?"
"Sim é, a minha mulher quer muito este gelado, se não for este estou tramado"
"Está com desejos."
"Pois pelos vistos está."
John pagou o gelado e saiu, não interiorizando o que o vendedor tinha dito, tinha respondido mais por mecanismo.
Estava a chegar ao hotel quando se deu um clic no seu pensamento, parou e pensou em voz alta.
"Pera aí, com desejos? Querem ver? Não não pode ser, era bom mas não quero criar expectativas."
Entrou no hotel e foi ao encontro de Kate, não lhe dizendo as suas suspeitas, não queria criar falsas expectativas, muito menos nela, ele sabe o que ela tinha sofrido.
"Está aqui o gelado, é este?"
"Ah, serve, levantando-se a correr e agarrando neste."
"Serve? Andei quilómetros para te comprar este gelado e dizes que serve." -Estava a brincar obviamente, mas Kate não levou como tal
"Tá bem, desculpa, não precisas ser assim, podias ter dito eu própria ia buscar o gelado."
"Estava a brincar amor, não andei assim tanto, sabes que faço tudo por ti"
"Não parecia que estavas a brincar."
"Desculpa"- sentou-se a seu lado e abraçou-a -"Estava a brincar, desculpa"
"Não sei se desculpo, não era bem este que queria mas pronto."
"Não sejas mázinha, se não é o que querias dá cá que eu como."
"Nem penses" -Disse tirando o do alcance de John
"Não partilhas esse maravilhoso gelado com o amor da tua vida"
"Não e não, é meu, fui eu que andei quilómetros para o comprar"
John estava tentado em brigar com ela, se não fosse o gelado na mão de kate já estavam embrulhados uma luta amigável.
Kate cedeu e deu uma dentada a John.
"O gelado é muito bom mesmo, tinhas razão em querê-lo"
Kate acabou o gelado e deitaram-se abraçados.
Enquanto Kate dormia John teve um reflexo, fez um gesto que tanto gostava, passou a mão na barriga de Kate acariciando-a ao de leve.
John tinha a sensação e esperança que seria desta que iriam realizar um antigo sonho.
Acabou por adormecer.

Chegara o dia em que se iriam mudar para a futura casa.
Levantaram-se cedo, enquanto Kate arrumava a roupa John foi verificar se a casa estava pronta para os receber.
E realmente estava, estava maravilhosa, precisava de uns retoques pessoais, de vida.
Voltou ao hotel e foi buscar Kate.
Fizeram o check-out e foram para casa.
Kate adorou a casa, viu-a pela primeira vez por dentro nesse dia e adorou, tinha confiado a John a decoração e este acertara em pleno.
Kate só achava que ali faltava um toque, um quadro dos dois, por cima da cama, não sabia se o pintaria ou se seria uma foto, mas queria pintá-lo ela.
Estavam á 1hora em casa quando o telemóvel de Kate tocou, era o dito irmão, tinha cumprido com o que tinha dito, tinha deixado Kate pensar no assunto durante 3 dias.
"Olá Kate, como está?"
"Olá, estou bem e você?"
"Vamos indo. Vou directo ao assunto, pensou no meu caso?"
"Sim, gostaria de conhecê-lo, antes de mais como se chama? Não mo chegou a dizer."
"Oh, que indelicadeza da minha parte, chamo-me Peterson, as pessoas tratam-me por Peter"
"Ok, Peter, e quando nos poderemos encontrar?"
"Posso sair daqui agora, onde está?"
"Estou na Austrália, acabei de me mudar."
"Ok, vo arrumar as coisas e vou apanhar o próximo voo para aí"
"Ok, quando tiver no aeroporto diga que vo buscá-lo."
"Ta bem, até já e obrigado"
Kate estava ansiosa, não o conhecia e achava a história muito estranha mas iria em frente com o assunto, assim que ele chegasse iriam fazer testes de ADN para confirmar, ou não a historia.

Passaram o resto do dia a arrumar a casa e a limpar.
Foram ao supermercado comprar comida, queriam que a casa ficasse habitável o mais rapidamente possível, e a comida fazia falta.
Compraram um faqueiro em prata, copos, pratos, panelas, tachos, frigideiras, todo o tipo de utensílios, um conjunto de toalhas para a casa de banho, lençóis, enfim, tudo o que precisavam para viver confortavelmente.

Finalmente, no dia seguinte ao meio dia Peter ligou a informar que já tinha chegado ao aeroporto.
Kate e John foram ao seu encontro.
Quando lá chegaram e viram que era ficaram chocados.
Era nada mais nem menos que o Peter da ilha onde tinham passado férias, o Peter que mergulhou e pelo qual Kate chorou quando demorou a emergir.
"Peter? És tu quem, supostamente é meu irmão?"
"Sim, pensava que não te lembravas de mim, não falámos quando la estiveste, na altura não sabia de nada, a nossa mãe é que disse, passados uns meses que te tinha visto e que eras filha dela."
"E onde é que ela está, veio contigo ou preferiu não vir"
"Ela faleceu á 3 meses" Peter tinha um ar abatido, Kate estava perturbada, apesar de não falar com ela, não deixava de ser sua mãe.
"Lamento" -Foi tudo o que se lembrou de dizer.
"Vamos fazer os testes?"- Peter estava ansioso para confirmar a historia e puder chamá-la de irmã.
"Não preferes descansar antes?"
"Não, se estiveres de acordo preferia despachar já isto."
"Sim por mim pode ser."

Foram a uma clínica nas redondezas, fizeram os testes, receberiam os resultados no dia seguinte.
Peter ficou la em casa, não havia razão para ir para um hotel.
John estava a pensar o que faria para jantar, perguntou a Kate o que esta queria.
"Quero uma bife com batatas fritas."
"A sério? Não preferes peixe grelhado?"
"Não, hoje apetece-me um bife"
"Ok, Peter gostas de bife ou faço alguma coisa diferente para ti?"
"Sim pode ser bife, não sou esquisito.
Enquanto John fez o jantar Kate e Peter trocavam palavras, conheciam-se, e Kate tinha que admitir que Peter não era assim tão mau, era bem educado, prestável, e mantinha uma boa conversa.
John serviu o jantar e Kate atacou antes que este pousasse por completo o prato na mesa
"Calma, ainda me mordes um braço, não lanchaste?"
"Desculpa, sim lanchei mas to com uma fome, tava aqui e a cheirar o que tinhas feito, tava a morder-me toda."
John estava quase certo que Kate estava grávida, de vez em quando olhava para a maneira de ela andar e sentar, ás vezes dava por si a olhar apara a barriga dela, não queria dar nas vistas mas tinha já a impressão que a barriga dela estava a ficar com uma pequena saliência.
Jantaram, John perguntou se Peter queria ir a algum lado, conhecer a cidade.
"Não, desculpa estou cansado, precisava descansar um pouco, se não se importarem."
"Claro que não, a viagem foi longa, descansa."
John e Kate arrumaram a cozinha enquanto Peter se preparava para se deitar no sofá.
Depois de o fazerem foram para o jardim, deitaram-se na relva, estava um noite linda, algumas nuvens esporádicas mas dava para ver o céu estrelado.
Conversaram sobre Peter e o que Kate pensava fazer se ele realmente fosse seu irmão.
Foram deitar-se por volta da meia noite, Kate não tinha sono, mas John convenceu-a a pelo menos ir deitar-se a seu lado.
Acordaram ás 9h e iam á clínica ver se já havia resultados, mas John reparou que havia correio.
Olhou por alto para os remetentes, uma delas era da clínica, tinham enviado os resultados para casa.
Kate abriu a carta e leu.

5 comentários:

  1. Pois é pessoal, parece que a história não vai ficar por aqui.
    Como tinha referido a história só iria ter 10 partes, mas escrevi-a e não cheguei ao final pretendido, como tal vou prolongá-la por mais 1 ou 2 partes.
    Peço desculpa por qualquer incomodo que cause ;)
    Espero que gostem.

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  2. uhhh, será irmão ou não?
    eles devem ter algum tipo de ligação, visto que ela chorou quando pensaram que o Peter não voltaria à tona, mas não sabiam que eram da mesma família!

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  3. Terás que esperar pela parte 11, que está em fase de produção.
    Mas foi por teres comentado isso que decidi por o Peter ao barulho no final ;)
    Graças a vocês é só boas ideias, por isso não se queixem do prolongamento, a culpa é vossa XD

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  4. nunca se culpa os fãs, então?
    bem bem xD

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  5. é verdade, se não lessem nem dessem ideias nao me tinha esticado.
    mas tambem não teria passado na parte 2 ou 3 isso tambem é certo e por isso vos agradeço

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