05 julho 2010

John&Kate XI - Um sonho realizado

Ali estava a prova, Peter era mesmo seu irmão.
Já não era tão difícil aceitar, continuava um pouco apreensiva, mas não podia negar um teste de ADN.
Abraçaram-se, Kate pediu desculpa por não ter acreditado, mas era compreensível.
Peter ficou ali por casa mais uns dias, mas em breve teve que voltar para casa, tinha de trabalhar.
Era dono de um bar na praia, era bastante movimentado, a maioria dos clientes eram surfistas, e estava no verão, pelo que os empregados não tinham mãos a medir com tantos surfistas

Estavam na Austrália á uma ano, precisavam de férias, desta vez não foram para lado nenhum, queriam aproveitar para conhecer a Austrália.
Kate tinha pintado o quadro com uma foto dos dois e John gostava de a ver pintar, dizia que ela entrava num transe, que adquiria uma expressão gira quando pintava.
John reparou que Kate trazia agora uma saliência na barriga, mas por qualquer razão esta ainda não se tinha apercebido.
John comentou com Kate esse facto á noite, quando estavam deitados no sofá.
Passou a mão no ventre de Kate e comentou- "Tás a ficar gordinha Kate, só comes é gelados"- em tom de brincadeira.
"Não to nada"
"Não? Repara."- levantou-lhe a blusa e mostrou-lhe a pequena mas sexy saliência que Kate ostentava.
"Olha, de onde é que apareceste?"- falando para a barriga. " Não estavas aí á uns dias
"Pois, é dos gelados." -Riram
"Já que falas nisso, não me queres ir buscar um gelado?"
"Não sei se devia."
"Não só devias como o vais buscar senão empurro-te do sofá"
"Não eras capaz disso, eu sei que não"
"Tens a certeza? Olha que quero mesmo aquele gelado"- Kate lançou-lhe um olhar malicioso
"Pronto tá bem eu vou lá."

John pegou no gelado de Kate e trouxe um para si também, já sabia que se esperasse para que Kate partilhasse com ele, bem que podia esquecer.
Kate devorou o gelado e ainda roubou uma dentada no de John
"Xiça rapariga, acalma lá essa vontade de devorar gelados"
"Não consigo, não sei porquê mas não consigo."
"E não tens uma ideia, porque terás esses desejos"- John aplicou um tom de ênfase á palavra desejo.
"Espera, achas que... será?"
"Não sei, quem sabe, talvez."
"Anda"- levantou-se a correr " Vamos á farmácia buscar testes, a ser verdade quero saber.

Saíram e foram á farmácia mais próxima, no centro da cidade, comprar os testes.
"Voaram" para casa, Kate estava ansiosa e mostrava-o, John também o estava era certo, mas mantinha o seu habitual ar calmo e sereno.

Esperaram pelos resultados, no final de alguns minutos, estavam com o resultado á sua frente.
Kate hesitou, estava realmente nervosa, e se estivesse grávida... e se não estivesse... e se...e se...
Eram muitas as dúvidas e ansiedades.
"Vamos ver o resultado ou preferes não saber". John estava agora mais nervoso, era o momento que tanto esperavam, ter ou evitar, estava muita coisa em jogo naquele pequeno teste, demasiada até.
Kate decidiu mostrar primeiro a John, desviando o seu olhar em seguida, quando John viu não tirou o ar sério, Kate olhou para ele e começou a chorar, não queria ver, não queria olhar para o negativo.
"Espero que sejam de felicidade."
"O quê?" - Quase gritou.
"Sim, olha para o teste."
"Positivo, deu positivo. John conseguimos, finalmente conseguimos."
"É verdade, finalmente, mas acho melhor irmos a um médico para verificar, para termos a certeza."
"Sim, tens razão, é melhor não festejarmos para já, isto não é 100% certo."
"Exacto, anda, vamos ver se nos conseguem atender ainda hoje."

Foram até á cidade, a cerca de 40 minutos de carro.
Estava um calor infernal, mas pareciam não dar por isso, estavam demasiado envoltos nos pensamentos.
A viagem parecia ter demorado horas, quando na realidade demorou exactamente metade do previsto.
Foram ao balcão, e foram informados que uma senhora tinha desistido da consulta á ultima da hora e que podiam ser atendidos ainda hoje, teriam de esperar algum tempo, mas as consultas eram rápidas.
O Dr.Robert era o especialista da cidade, tinha uma grande reputação, todas as mães e futuras mães da cidade o conheciam e falavam maravilhas dele.
Era um homem alto,mais velho que eles, tinha provavelmente 48 anos, tinha olhos azuis, cabelo louro curtinho, era bronzeado e era australiano de certeza, tinha o sotaque típico.
Ambos o acharam impecável, era carinhoso na maneira de falar, via-se que gostava do que fazia.
Kate recebeu a melhor noticia da sua vida, era melhor ainda do que esperava, estava realmente grávida e não de uma mas de trigémeos.
Informaram o Dr. Robert que tinham feito tratamentos, e as datas a que os tinham feito, mas este informou-os logo que não tinha sido por esse método.
Os fetos tinha cerca de 2 meses, ou seja tinham sido feitos depois de estes terem desistido dos tratamentos.
Era um caso de recuperação incrível, contradiz tudo o que a ciência provou, tinham sido informados aquando dos tratamentos que não eram compatíveis em termos reprodutivos e agora para além de Kate estar grávida, não os estava só de um mas sim de três.
Estavam extasiados, ambos choraram, o Dr. Robert deixou-os a sós na sala de consulta, teve acesso ao historial deles e sabia pelo que tinham passado, queria que aproveitassem este momento único na vida.
Estiveram 1 hora a olhar para as primeiras imagens dos filhos, o antigo e tão desejado sonho estava finalmente a ser cumprido e de que maneira.
Ainda não se sabia o sexo das crianças, ainda era cedo.
Kate iria ser acompanhada pelo Dr. Robert durante a gravidez, e desejava que fosse ele a estar presente na altura do parto.

A gravidez de Kate correu bem, ficou em casa durante toda a gravidez, só saia para ir ás consultas, de resto preferiram não arriscar.
John esteve sempre presente, acompanhou de perto esta fase importante nas suas vidas, trabalhava apartir de casa, só tinha de ir ao banco para as reuniões, quando voltava não poupava nos mimos que dava a kate e á sua já enorme barriga.
Tinham escolhido não saber o sexo das crianças até ao dia dos nascimento, ficaria uma surpresa, só queriam saber se estavam bem.
O banco já estava a dar lucros e ele estava muito contente por ter decidido ir para aquele sitio, estava tudo a correr ás mil maravilhas.
Estavam agora no mês de Abril de 2016, Kate estava a terminar a gestação, quando numa manhã tempestuosa Kate levantou-se sobressaltada.
"Que tens? Passa-se alguma coisa?"- Perguntou John preocupado.
"Acho que está na altura, querem conhecer o mundo."- Tinha entrado em trabalho de parto.
John levou-a para a clínica, não apanharam trânsito, a cidade estava calma, Chegaram lá em 25 minutos, John tinha ligado enquanto estavam a caminho para que se preparassem para os receber.
E assim foi, uma equipa liderada pelo Dr. Robert esperava por eles.
"Chegaram. Vamos equipa, não se esqueçam que são trigémeos, temos que ter cuidados acrescidos, vamos" - Dr. Robert era sempre cuidadoso, mas simpatizara bastante com Kate e John e queria garantir que tudo corria bem.
Kate esteve em trabalho de parto durante 6 horas, John não se afastara dela, estavam com as mãos dadas, Seria de parto natural, já que se tudo corresse bem tinham algum tempo de intervalo entre gémeos.
O 1º era uma linda menina, decidiram chamar-lhe Diana, o 2º era também uma linda menina, chamar-se-ia Cláudia.
Quando estava prestes a nascer o 3º John brincou, para aliviar o ambiente-"É bom que seja um menino senão estou feito, 4 mulheres em casa é muito."
O médico sorriu, mas estava demasiado concentrado para que se pudesse rir abertamente. O mesmo se passou com Kate, estava estafada, já não tinha forças para se rir.
Finalmente o filho mais novo nasceu, era um lindo rapaz, chamaram-no David, o menino dos olhos de John.
Tinha 3 fantásticas mulheres em casa e um homem, todos saudáveis e perfeitos. Estava mais que contente, era o dia mais feliz da sua vida.
As enfermeiras puseram as duas meninas ao colo de Kate, para que esta as alimentasse, David teria que esperar, mas John não se queixou, teve a oportunidade de lhe pegar pela primeira vez, era tão pequenino, tão frágil, no entanto tão forte.
Depois de alimentadas Cláudia e Diana sentiram pela primeira vez o colo do pai, também elas tão frágeis e igualmente fortes, eram as meninas dos seus olhos.
Depois de alimentar David, Kate adormeceu, estava muito cansada.
John admirou-a uma vez mais a dormir, já era habito, e mesmo com as suas filhas nos braços não conseguia deixar de o fazer.
Deitou-as nos respectivos berços, estavam a dormir e não as queria acordar.
John agradeceu imenso ao homem que nunca esqueceria, Dr. Robert, iria falar primeiro com Kate mas queria que este fosse o padrinho das crianças.

Saíram do hospital no dia seguinte, John tinha dormido ao lado de Kate, sentado numa cadeira debruçado sobre ela, com de mãos dadas.
Kate concordara em que Robert, deixaram de o chamar doutor quando decidiram que este seria o padrinho das crianças, de todas elas, ele não queria ter que escolher.
O baptizado realizou-se numa quinta própria para o efeito, tinham muitos amigos, alguns colegas de John, o pai de Kate estivera presente, tinham feito as pazes dias depois de Kate ter dado á luz.
Peter, o irmão de Kate, também esteve presente, queria conhecer os sobrinhos tinha levado uns amigos que tinha conhecido quando fez uma viagem pelo mundo, chamavam-se Marco e Patrícia, uma casal simpático e bastante apaixonado, notava-se.
Correu tudo ás mil maravilhas, tinham baptizado os tão desejados filhos e tinham estado com pessoas que há uns anos não pensariam reencontrar e conhecido outras.
Estavam finalmente felizes, realizados a todos os níveis, financeiramente, John e Kate amavam-se, agora mais que nunca, tinham finalmente filhos, ama-los-iam sempre e independentemente de tudo.
Eram os seus filhos, era o seu sonho, finalmente tornado realidade...



Obrigado a todos

Em memória:
de um irmão mais velho que infelizmente não chegou a nascer... :'(

Homenagem:
Aos meus pais por terem insistido quando tudo parecia impossível, agradeço terem resistido a tantos contra-tempos e imposições, e que através de tratamentos conseguiram contrapor, por tudo isto vo agradeço, se não fosse a força de vontade poderia não estar aqui para escrever esta história.

Quero agradecer á Diana, á Cláudia e ao David pelo apoio, força e inspiração que me deram para escrever esta história, pode não estar perfeita ou nada de jeito mas adorei escrever e com o vosso apoio consegui, e por isso vos agradeço, muito obrigado a todos.
Devem ter reparado que os trigémeos tem o vosso nome, em homenagem por terem tornado possível esta história, OBRIGADO ;)

4 comentários:

  1. ohhhhhh :')
    adorei o final, também acho que a Patrícia e o Marco são um casal muito apaixonado!

    ;)

    adorei que uma das meninas tivesse o meu nome, os pais têm bom gosto :)

    agora estou ansiosa pela próxima história!
    já sabes :)

    parabéns, aliás, muitos parabéns pela tua história, está óptima.
    tens um imenso jeito para transmitires sentimentos pelas palavras.

    és o maior gémeo preguiçoso ;)

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  2. Muito obrigado, os nomes foi para te homenagear pelo que fizeste e tens feito para que continue a escrever, muito obrigado.
    Tu é que és a maior, gémea preguiçosa ;)

    Encontrei finalmente algo que me faz sorrir, escrevo sem esforço, com naturalidade e isso agrada-me, finalmente consegui, graças a ti e ao resto do pessoal. Muito Obrigado.

    Quanto á próxima história, ficam a saber que já está a ser feita... novidades para breve (espero)

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  3. Não sei pk é k fui eskecida menino truas =(

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  4. Eu digo-te, não fizeste o esforço necessário para aguentar umas valentes horas a olhar para o computador a ler a bela da história :P
    Mas eu entendo, os pobres não tem direito á atenção da menina joana xD
    Terás na próxima, não te preocupes, chega pa todos ;)

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