08 setembro 2010

A estreia...

O culminar de anos de relação conjunta resumia-se àquele momento.
Paulo e Ana andavam a procura de casa, a sua casa.
Andavam á 2 dias a visitar alguns apartamentos na zona da Ericeira, a zona preferida de Ana.
Já tinham visto alguns que lhes tinham agradado, mas não tinham tido aquela sensação de lar.
Era essa a sensação que queriam encontrar, queriam entrar num daqueles apartamentos, dar uma vista de olhos e no fim fitarem-se e dizerem com todas as certezas “É aqui.”
Tinham estado bastante perto de o dizer, no apartamento anterior, um T3 moderno, perto de tudo, escola, supermercado, mas faltara algo.
Tinham agendadas mais 2 visitas para aquele dia.
Se ainda assim não encontrassem o que procuravam teriam de procurar mais alguns apartamentos e contactar as agências.

A vontade de finalmente comprarem a casa que tanto ansiavam e desejavam era enorme, mas depois de 2 dias de procura e sem resultados estavam ambos estafados.
Precisavam mesmo de encontrar o que queriam para puderem por fim relaxar.
Mas ambos sabiam que só uma semana depois de terem por fim encontrado o que chamariam lar é que poderiam descansar. Só nessa altura terão a escritura feita, os móveis comprados e as coisas á sua maneira. Mas mesmo esse tempo era ansiado, era o começar de uma vida a 2, algo que lhes agradava. Muito.

Já tinham falado no que queriam em cada divisão, pelo que iriam logo directos ao que queriam e não tinham de ver tudo ao pormenor. A decoração já dependia da disposição das divisões da casa.

Uma semana depois de terem começado a procura finalmente disseram em uníssono “É aqui”
Tinham entrado num condomínio fechado, um bloco de apartamentos duplex colocados em quadrado, tendo no centro uma piscina, um jardim e um parque infantil.
O exterior era simplesmente arrebatador. O interior correspondia da melhor forma.
O hall de entrada era grande, dava acesso á cozinha e á enorme sala, ambas separadas por um balcão de serviço, tinha uma casa de banho e um escritório, que mais tarde se podia converter em quarto, para quando a família crescesse.
Da sala via-se todo o exterior graças aos enormes vidros que substituíam as paredes.
No segundo andar o quarto, também ele com vidro em vez de paredes.
Um terraço enorme cobria todo o comprimento do apartamento, virado para o jardim.
Tinham ficado extasiados com aquele apartamento.
Assinaram a escritura no dia seguinte, e iam começar as mudanças logo de seguida.

Quando acabaram as mudanças, a casa estava como tinham imaginado.
Aliás muito melhor.
Na sala os sofás modernos em negro contrastavam com as paredes brancas, uma mesa em vidro rodeada com cadeiras, um plasma de 50 polegadas em cima da lareira, já cheia de fotos de ambos.
Alguns quadros davam o toque final á sala, simples e elegante.
Na cozinha o castanho era a cor dominante nos armários, também ela simples e elegante, era esse o lema, casa simples e acolhedora.
No quarto a cama king size era a peça dominante, seguida do enorme aquário de água salgada que Paulo tanto insistira em ter. E por fim conseguira convencer Ana a adquiri-lo.

Finalmente chegara o dia tão esperado. Paulo tinha uma surpresa para Ana.
Foi buscá-la ao emprego que tinha como educadora de infância.
Quando chegou a fachada do prédio vendou os olhos de Ana.
No elevador Ana insistiu para que Paulo lhe contasse o que tinha preparado, fazendo uso da voz sensual que o deixavam fora de si. Ana sabia disso e usava-a da melhor maneira mas não conseguiu demovê-lo.
Com muito custo consegui chegar a casa sem lhe dizer nada.
Chegaram á porta da casa de banho, onde estava a surpresa, tirou-lhe a venda dos olhos e deixou-a apreciar.

A banheira estava cheia com água quente a espuma amontoava-se á superfície.
Pétalas de rosas brancas e vermelhas boiavam, velas perfumadas ambientavam e davam luz á divisão.
Paulo tirou a roupa a Ana, tirou-lhe a camisola enquanto a beijava, só parando para que saísse a gola. Á medida que lhe tirava as jeans percorria-lhe o corpo com beijos suaves, algo que a deixava fora de si.
Entraram na banheira e sentaram-se, Paulo encostou-se na banheira, Ana sentou-se encostada a Paulo.
Acariciaram-se, trocaram carícias, e beijos.

Ficaram assim durante 2 horas, em silêncio, apenas a respiração de ambos se ouvia, um som em uníssono, nada mais.

Decidiram que já ali estavam a tempo suficiente, apesar de nenhum querer de lá sair acabaram por o fazer.
Paulo pegou na toalha e abraçou Ana, e ficaram assim alguns minutos, abraçados sob a mesma toalha, sem nada dizer.
Separaram aquele abraço e limparam-se.
Paulo pegou em Ana ao colo e foi até ao quarto.
Pousou-a suavemente na cama, Ana deslocou-se, olhando-o de maneira provocante, em género de desafio.
Paulo percebeu e foi atrás dela, alcançou-a com um só impulso, abraçou-a, usou a força que tinha e que Ana tanto admirava e puxou-a para baixo de si.
A mão esquerda de Paulo estava no pescoço de Ana, acariciando-a.
Beijava-lhe o pescoço, intervalando com algumas mordidas.
A mão direita estava na sua anca, puxando-a para si a cada som de prazer que Ana produzia.
Ana por sua vez tinha ambas as mãos nas costas de Paulo.
Algo que Paulo fez no pescoço de Ana fez com que esta lhe arranhasse as costas, e arqueasse as suas.
O momento tornava-se cada vez mais intenso.
As mãos de Paulo tornaram-se cada vez mais irrequietas, percorriam todo o corpo de Ana, detiveram-se por alguns instantes nos seus seios, pequenos e de pele suave.
Voltaram á anca e sem proferir nenhuma palavra Paulo, com um rápido impulso, puxou-a ainda mais para si.
Acabaram a noite a fazer amor.

Foi uma bela forma de estrearem a casa, com uma noite de prazer.
A primeira noite do resto das suas vidas.
A noite.
A estreia.

4 comentários:

+ histórias