08 setembro 2010

Uma experiência marcante…

Raquel andava sempre a correr.
O trabalho exigia muito esforço e concentração, era extenuante.
Trabalha numa firma de advogados bastante conceituada, situada num prédio de escritórios e sendo ela a principal advogada da firma, todos os processos que entravam passavam pelas suas mãos.
Cabia a Raquel avaliar cada processo e distribuir pelos seus colegas.
Raquel pousou a papelada na secretária, e preparou-se para sair, eram 21h, a hora habitual para ela sair.
O andar já estava completamente vazio, no corredor só as luzes de presença estavam acesas, o edifício estava completamente às escuras.
Decidiu não acender nenhuma luz, já trabalhava ali á tempo suficiente para conseguir percorrer o caminho da sua sala até ao elevador.
E as luzes de presença guiavam-na.
Caminhou calmamente, na sua mão esquerda levava uma pasta com alguns documentos que pretendia ler assim que chegasse a casa.

Chegou finalmente ao elevador, chamou-o, só teve que esperar alguns segundos até que as portas se abrissem.
Lá dentro encontrava-se uma jovem, também ela trabalhava naquele edifício, e pelos vistos até tarde.
“Boa noite”- Disse Raquel assim que entrou no elevador, carregando no botão para as portas se fecharem.
“Boa noite.”
“Também trabalha até tarde, está visto”
“Sim, tem que ser, se não fizermos o nosso trabalho ninguém o faz por nós.”
“Exactamente. Há que fazer sacrifícios para se conseguir concluir certos projectos.”
“Sou a Cristina. Prazer em conhecê-la”- Disse levantado a mão direita para a cumprimentar.
“Sou a Raquel. Muito gosto.”- Cumprimentando-a.
“Até amanha”- Disse Cristina. Tinham chegado ao rés-do-chão, a porta do elevador já estava aberta.
“Até amanha”- Respondeu Raquel quando chegaram á porta da rua e se afastaram, tomando cada uma o seu caminho.

Nos dias seguintes, Raquel só pensava em Cristina e se a iria encontrar de novo no elevador á saída, a conversa tinha sido curta, mas tinha a sensação que iam ficar boas amigas se tivessem tempo para se conhecerem.

Encontraram-se uma semana depois, desta vez no café do outro lado da rua, á hora de almoço.
Raquel deslocava-se para uma mesa na explanada quando avistou Cristina, também ela ali estava sozinha.
“Hei, Raquel!”- Disse, levantando a mão e fazendo sinal para que esta se aproximasse.
“Olá, tudo bem?”
“Sim tá tudo. E contigo?”
“Também.”
“Estás sozinha?”
“Sim estou”
“Senta, almoçamos as duas, se quiseres claro.”
“Claro que sim, porque não haveria de querer?”

Pediram o almoço e mantiveram uma conversa animada, Cristina era secretária de uma arquitecta reconhecida, trabalhava até tarde para conseguir que a papelada estivesse em ordem no dia seguinte.

Já passava das 14h quando Raquel deu conta que já estava atrasada, começava a trabalhar por volta das 13h30min mas a conversa estava tão animada que não queria por nada ir embora.
Trocaram os mail’s e os números de telefone, tinham gostado da companhia uma da outra, queriam manter contacto e encontrar-se sempre que possível.
Apesar da troca de contactos não conseguiram encontrar-se nos dias seguintes, estavam ambas ocupadas com o trabalho.
E quando, finalmente se encontraram o dia foi maravilhoso.

Raquel convidou Cristina a ir ao seu apartamento, era domingo e nenhuma delas trabalhava naquele dia em particular, iria preparar alguma coisa para comerem e depois iriam ao cinema.
Assistiram a uma comédia romântica.
Raquel foi levar Cristina a casa ao inicio da noite.
Tinha sido uma tarde de mulheres, tinham almoçado, visto o filme, sempre muito bem-dispostas, sempre na brincadeira.

“Gostei muito deste dia.”- Disse Raquel á porta do prédio onde Cristina mora.
“ Eu também. Damo-nos muito bem, o dia foi muito bem passado, sem dúvida nenhuma.”
“Sem dúvida. Tenho pena que tenha acabado. Passou tão rapidamente.”
“Não tem de acabar já. Queres subir?”
“Não sei se devo. Já passámos o dia todo, não quero abusar.”
“Não abusas nada, gostaste do dia não gostaste?”
“Adorei, sem dúvida nenhuma.”
“Então porque havemos de terminar o dia tão cedo, quando o pudemos prolongar mais umas horinhas?”
“Pronto tá bem, se insistes.”
“Claro que insisto, ofereceste-me o almoço, eu ofereço-te o jantar.”
“É justo”- Disse Raquel rindo-se.
“Anda.”

Entraram no prédio, o hall de entrada era todo em mármore, tinha algumas flores que faziam uma combinação bastante harmoniosa com as paredes.

Foram até a porta do elevador.
Não esperaram muito até que este chegasse.
Uma vez lá dentro o ambiente mudou.
Tornou-se intenso, Cristina aproximou-se de Raquel.
Esta ficou ofegante com a investida da amiga.
Não estava a espera, e muito menos dos minutos seguintes.
Cristina, não se afastando um milímetro de Raquel, levou a mão ao botão do elevador parando-o
Ficaram ali, entre o 4º e o 5º andar.

Então Cristina avançou mais, pousou a mão esquerda na anca de Raquel enquanto a direita lhe afastava os cabelos da cara, chegando-a para si.
Beijaram-se.

Foi um momento muito intenso, Raquel não contava com aquilo, mas também não se opôs, uma parte dela dizia que aquilo era errado, mas a outra dizia para se deixar levar, a maneira como tudo se passou deixou-a sem reacção, nunca tinha tido uma experiencia daquelas.
Deixando-se levar pelo momento, também ela agarrou em Cristina.
Pôs as duas mãos no pescoço desta, acariciando-lhe com os dedos a face, agora rosada.
Encostaram-se ao painel onde se encontram os botões de serviço.
Cristina carregou no 8, o seu andar, pondo o elevador de novo em andamento.
Assim que as portas abriram ainda elas trocavam beijos.
Foram até a porta do apartamento de Cristina e uma vez lá separaram-se por breves segundos para que esta abrisse a porta, mas assim que o fez, retomaram as carícias.

Foram direitas ao sofá, deitaram-se, beijaram-se, acariciaram-se e no calor do momento avançaram para um nível que nem Cristina pensara vir a acontecer.
Raquel tinha as suas mãos nas ancas de Cristina e começou a subir-lhe a blusa, lentamente.
As roupas de ambas foram atiradas para o chão em mosaicos brancos da sala.

Na manhã seguinte Raquel acordou abraçada a Cristina.
Estavam ambas sem roupa, olhou á sua volta e não sabia onde estava, não conhecia o local, até que se lembrou que era o apartamento de Cristina.

Ela estava em choque com o que se tinha passado ali naquela noite.
Nunca tinha feito nada igual, tinha sido a primeira carícia que dera a uma mulher, o primeiro beijo, a primeira noite com uma.
Fora uma experiência única.

Uma experiência marcante…

4 comentários:

  1. a tal história!
    muito boa ;)

    ResponderEliminar
  2. Ves, consegui sozinho :P
    mas se precisasse pedia-te ajuda sem hesitar ;)

    ResponderEliminar
  3. eu como mulher iria meter muitooo mais coisas, mas deixa estar assim, está óptima ;)

    ResponderEliminar
  4. eu como homem tmbm podera por muito mais coisas, mas se começasse paki a divagar ficava enorme, e o objectivo é ser uma hitoria de 2 paginas ;)
    mas obrigado

    ResponderEliminar

+ histórias