03 outubro 2010

Mantenho-me sozinho.
Dentro destas quatro paredes.
Nem uma réstia de luz entra.
Não consigo receber o sol dentro do quarto.
Animá-lo-ia logo.
E isso não corresponde com o meu estado de espírito.
Um enorme aperto no peito é tudo o que sinto.
As lágrimas correm no meu rosto.
Molhando o chão onde me sento.
Mantenho as mãos na cabeça.
Demasiado pesada para se suster sozinha.
Muita dor me causaste.
Ainda hoje a causas.
Ainda sofro por ti.
Pelas tuas decisões.
Por tudo o que fizeste.
Por tudo o que me fizeste.

Decidi deixar o sol entrar.
Pode ser que me anime.
Mas estou sem forças.
Não me consigo levantar.

Não consigo alcançar a janela.
Nada posso fazer senão manter-me ali.
No meio da escuridão.





(Escuridão)

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