28 março 2011

Já ouvia a água correr quando me juntei a ti. O teu corpo desnudo presenteava-me a visão, ainda seco pedia o toque das minhas mãos. Assim fiz, acariciei-te o corpo ainda sem nada entre ele e as minhas mãos.
Endireitaste-te e ergueste os olhos na minha direção, um sorriso rasgou-te os lábios, os meus seguiram o teu exemplo. Aproximei-me lentamente de ti sem tirar os meus olhos dos teus e os nossos lábios tocaram-se num longo, lento e apaixonado beijo. Afastamos-nos ligeiramente e colocaste o chuveiro sobre as nossas cabeças, deixando a água fluir aproximámos-nos lentamente e novo beijo foi trocado, juntamos os nossos corpos e deixamos-nos envolver pela água. As gotas escorriam-te pela pele, as minhas mãos acompanhavam-nas em movimentos rápidos mas suaves. Esfreguei-te o cabelo e o corpo. Repetiste o gesto em mim. Observei a água retirar a espuma do teu corpo. E deixei-a fazer o mesmo no meu.
Já fora da banheira o teu corpo ainda molhado oferecia-me uma visão apetecível. Todo e cada milimetro de pele estava molhado. Fiquei a observar-te alguns minutos. Quando a pele suave e lisa deu lugar á pele arrepiada e irregular peguei na toalha pendurada ao teu lado. Elevei-a no ar e envolvi o teu corpo com ela, pousando-a nos teus ombros. Aproximei-me ate os nossos corpos desnudos se tocarem e, com os braços á volta do teu corpo, nas tuas costas fui cessando o contacto que a agua tinha com a tua pele. Depositei um suave beijo na tua testa á medida que retirava a toalha dos teus ombros e afastava o meu corpo do teu.
Baixei o meu corpo em relação ao teu e comecei a limpar-te a parte inferior do mesmo.
Fui subindo lentamente, certificando-me que nem uma gota ficava por eliminar.
Apanhei a roupa do chão e, contra a minha vontade, vesti-te lenta e suavemente, interrompendo para que os meus lábios tocassem os teus. Quando estavas coberta foi a minha vez de me secar e vestir. Completei essa tarefa rapidamente, não queria desperdiçar segundos preciosos na tua companhia com a roupa.
Fomos de mão dada ate ao quarto e deitamos-nos na tua cama. Por baixo dos lençóis juntamos os nossos corpos, deixamos as nossas respirações acalmar e sincronizamos-las. Acariciei-te a face suavemente enquanto apreciávamos o silencio.
Adormeceste nos meus braços minutos depois. Dormias relaxadamente, a tua expressão dizia tudo. Tentei adivinhar com o que sonhavas, intimamente desejava que fosse eu quem estava no teu inconsciente. Esperava que fosse, sabia que era.
Enterrei a minha cabeça nos teus cabelos perfumados e sucumbi eu próprio ao cansaço.
Dormimos juntos fisicamente, unidos mentalmente.

6 comentários:

  1. lindo......agora sim as lagrimas escorreram me pela face, sera emocao? sera normal? nem sei...lindo texto parabens mais uma vez

    J.G.

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  2. Obrigado, mas porque correm lágrimas quando lês o texto?

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  3. n te sei bem explicar mas digamos que tem a ver com o facto de eu ter uma relaçao complicada e identificu me com varios dos teus textos, sao saudades, sentir a falta de quem amamos deves saber o que isso e, e querer viver ao maximo e nao puder enfim
    J.G.

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  4. Felizmente nao sei o que isso é, estou mais que servido no que diz respeito ao amor ;)
    isso é mau :S apesar das dificuldades há que viver a vida ao máximo, afinal só temos esta, não é verdade, tudo se vai resolver ;)

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  5. pois espero que tenhas razao e brigada pelo apoiozito :)

    boas escritas xD

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  6. de nada! vais ver que tudo se resolve, força nisso ;)

    Obrigado ;)

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