Ouço um zumbido através da brecha da janela. Deduzo que seja o vento a passar por ela. Levanto-me da cama, desvio a cortina e abro-a. Tinha razão, era o vento. Mas assim que a minha face saiu de dentro daquelas quatro paredes este foi abrandando até que cessou por completo. Porque paraste de varrer este céu estrelado? Fiquei por uns minutos a contempla-lo mas decidi voltar a fechar a janela. Uma vez mais voltaste a aparecer. Parei. De costas para a janela. Estavas a chamar-me. Querias que ficasse ali, á janela. Fiz-te a vontade. Continua a varrer-me a face, suavemente.
Sem comentários:
Enviar um comentário