04 setembro 2011

   Sentaste-te na poltrona branca que temos na sala, encostada á porta de acesso á varanda. Elevaste os olhos na minha direcção e o seu profundo castanho fez um longo sorriso esbater-se nos meus lábios. Emanavam uma serenidade incrível. Os teus lábios responderam-me de igual forma. Elevaste a tua mão direita. Chamaste-me em silêncio. Fiz-te a vontade. Sentei-me no teu joelho e instintivamente a tua mão abandonou a minha. Percorreu a pele do meu braço e depositou-se na minha cintura. Puxaste-me para mais junto de ti. Afastaste-me o cabelo do pescoço. Senti a tua respiração junto dele. Arrepiaste-me quando os teus lábios lhe tocaram, lenta e suavemente. Elevaste a minha t-shirt e a tua pele entrou novamente em contacto com a minha. A tua mão começou então a movimentar-se. Ainda não era perceptível mas tu sabias. Acabara de te contar. Estava ansiosa por ver como ias reagir meu amor. "amo-te" disseste enquanto me afagavas a barriga. "Acaricias duas pessoas ao mesmo tempo. Directamente a mim, e ao rebento que aí cresce. O rebento que plantaste e que um dia percorrerá esta casa." Foi a minha maneira de te dizer que te amo.

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