12 outubro 2011

Pé ante pé

   Pé ante pé alcanço o local onde repousas. Evito ao máximo produzir barulho. Fazendo uso da pouca luz que o pequeno candeeiro produz vejo-te. De olhos fechados estás em paz. Tal como te deixei minutos antes. Encosto-me na ombreira da porta e fico a observar-te. A tua respiração é certa, a fralda comtimua debaixo do teu queixo, a tua maozinha garante que lá se mantém. A chucha já está na cama. Um sorriso escapa-me quando te mexes ligeiramente. Produzes um som mas continuas a dormir. Sonhas. Os teus cabelos alourados espalham-se pela cara, dando-te um toque angelical. As bochechas estão agora vermelhas por estares aconchegada no cobertor que envolve o teu corpo. Por cima de ti as borboletas já pararam de rodar, já não assistes.
   Sinto alguém a aproximar-se mas nao me mexo. Sei quem é. Sinto as maos macias percorrerem-me a cintura  e envolverem o meu corpo. Um beijo é depositado no meu pescoço e a sua cara encosta no meu ombro. Ficamos ali em silêncio a ver-te dormir, meu pequeno e belo anjo.

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