28 outubro 2012


    Estou aqui pronto a atravessar o deserto para enfrentar os meus inimigos. Deito-me nas trincheiras com a tua fotografia perto de mim. Relembro a forma doce como os teus olhos perscrutam os meus tentando perceber o que penso. A forma como o sorriso floresce nos teus lábios á medida que me aproximo. O calor do teu abraço. A suavidade do teu pescoço. O fresco hálito. A ternura dos teus lábios. 
   Quando te digo que é para sempre é o que pretendo fazer. Não vou deixar que tirem isso de mim. Será que sabem como gostas das pequenas coisas? Daqueles pequenos abraços e toques em silêncio? Daquele olhar caloroso momentos antes de te apertar nos meus braços? Que te sussurre ao ouvido o quanto te amo? 
   Não posso permitir que te tirem de mim. Já fiz tantos planos. Isto tornou-se em muito mais que um jogo. Sinto-me cansado desta guerra mas não vou desistir. Desejo puder voltar a ter-te. Penso no último dia em que te abracei e anseio pelo próximo. Por agora terei de me contentar com as tuas memórias e tentar sobreviver a mais um dia. Em pleno deserto.

2 comentários:

  1. Gosto deste texto.
    Reportei-me à minha juventude e aos sonhos que me animavam por terras de África.
    Felizmente que esta vida interior nos ajuda a ultrapassar todos os obstáculos...

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  2. Boa noite,

    Grande analogia que aqui hoje estou a ler, a forma como falas dessas batalhas que todos travamos, que todos fazemos com que no final sejam de vitórias. Mas o que seria a nossa vida sem as dificuldades? O que seria a nossa vida sem os obstáculos que temos de atravessar? Certamente não daríamos o valor real às pessoas, ao que temos e sobretudo os sonhos que vamos sonhando.
    Mais uma vez um bom texto rapaz, tu nunca desiludes.
    Espero que esteja tudo bem por aí.

    Abraço

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