Voltaste aos velhos tempos suponho. És criatura de hábitos. Já pensaste em parar? Proponho.
Não queria mudar-te, queria-te como és. Mas temo ter de transformar-te. Tenho tudo ao revés.
Vejo mudança na tua intervenção, noto medo, opressão.
Não é justo para mim quando te tornei o meu tudo. Ou será esta a moeda de troca, o fim, sem explicação, mudo.
Foste a minha perdição quando te vi, mas vejo que só agora tudo perdi.
Não quero ser aquele que te ocupa o vazio na cama quando mais ninguém está por perto. Que te ajuda no meio do drama.
Quero ser o único na tua mente, no teu coração. Quero estar sempre presente, não só para simular procriação.
Não quero ser a sombra do que puderias ter tido. Não me tentes mudar, não sou lego para ser construído.
Quando falas comigo é o que realmente pretendes?
Voltei aos velhos pensamentos, áqueles que me impedem de pensar com clareza, outrora enterrados, agora ressuscitados sentimentos.
A raiva apodera-se do meu ser. Dou voltas e voltas, não sei o que fazer.
A mente, confusa, obscura dá resposta demasiado demente, Sento-me. Retorcido, doente.
Entreguei-te o meu ser, demasiado cedo, talvez por não te querer perder, por medo.
A minha alma dispuseste a teu belo prazer. Com um acessório de moda que pudesses trazer.
Foi aí que errei contigo. Procurei protecção. Abri a porta do meu coração. Julguei-te o meu porto de abrigo.
Pensei seres o ideal. Conseguiste confundir-me. Não sei mais se é falso ou real.
Em caso de dúvida, pára.
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