02 julho 2010

John&Kate VI

Os médicos faziam os possiveis para que Kate recuperásse a consciência, mas a tarefa mostrava-se dificil.
Recorreram a tudo quanto era possivel.
Kate passou a noite em coma profundo, John, pela calada da noite levantou-se a custo, ainda recuperava da operação ás pernas e nao deveria andar, mas a vontade era enorme e chegava para apagar as dores, dirigiu-se ao quarto de Kate, tinha ouvido uma conversa dos médicos e ouvira onde ela se encontrava.
Ao chegar ficára devastado, Kate estava toda ligada, irreconhecivel, aproximou-se dela, pegou-lhe na mão e rezou, rezou para que tudo corresse pelo melhor, para ela e pelo bebé, mesmo que isso implicásse que ele morreria, que assim fosse, só queria que o seu bebé vivesse e a mulher da sua vida cuidasse dele.
A enfermeira que fazia a ronda nocturna apareceu e ao ver John correu a seu encontro.
"O que pensa que está a fazer?" perguntou mais preocupada que zangada
"Deixe-me ficar aqui por favor, só lhe peço que me deixe ficar, é a minha mulher, o meu filho, por favor"
"Filho? Você está a delirar, só aqui está a Sra Kate não há aqui nenhuma criança"
"Há sim, ela está gravida do nosso primeiro filho, andamos á anos a tentar e quando finalmente conseguimos acontece-nos isto, porquê? porquê? " John chorava abertamente, estava desesperado.
O barulho criado naquele quarto foi suficiente para que o médico aparecesse
"Que se passa aqui?" olhando para o quarto a falta de gente nao fazia juz ao barulho e desespero que se ouvia la fora
"John, o que faz aqui? Vocês nao deveria andar, nem era suposto conseguir, como chegou aqui?"
"Só queria ver a minha mulher, doutor ajude-os, por favor!"
"Ajude-os, porque está a falar no plural? Só aqui está a sua mulher"
"Pelo que John diz Kate está grávida" interpôs a enfermeira
"Grávida?? Será que..." Afastou-se.
"Espere. Onde vai? Não nos vai deixar aqui assim... espere"
O médico saiu a correr e foi ao laboratorio mandar fazer analises mais profundas, ainda tinham algum sangue de Kate.
30 minutos depois voltou em passo largo, a enfermeira deixara john com a mulher, mas este adormecera e ela nao saíra dali.
O médico segredou algo á enfermeira e esta afastou john, deitando-o na cama ao lado da de Kate.
Levaram Kate para o bloco operatório, a operaçao demorou 3 horas, nao apresentou dificuldades mas tambem nao evoluiu favoravelmente.
Depois da operação voltaram a colocá-la onde estava, para que john nao estranhásse.
Este ainda estava a dormir, mas podia acordar a qualquer momento e os médicos precisavam de uma explicação para tudo aquilo, eles tinham-na mas nao sabiam como explicar num momento daqueles.
John acordou de manha, eram 9h e olhou logo para o lado, não percebia como tinha ido para áquela cama, mas estava agradecido por alguém o ter posto lá, doiam-lhe as pernas, mas estava melhor do resto, tirando a mágoa pela mulher ainda estar inconsciente.
O médico veio vê-lo e estava aliviado por este estar acordado, nao podia adiar mais, John tinha o direito de saber.
John foi informado que Kate tinha sido sujeita a uma operação e que se esperava que ficá-se melhor e que se tudo corresse bem acordaria dentro de algumas horas. John ficou contente e intusiasmou-se.
Cedo demais.
O médico continuou e John entrara em choque, deitou-se na cama e chorou...
Chorou durante horas, as lágrimas pareciam não querer dar descanso ao rosto cansado de john, corriam como se de uma torneira aberta se tratasse.
Kate gemeu, John apercebeu-se e olhou para ela, mas as lágrimas não cessaram, continuavam a correr, talvez até com mais intensidade, agora que Kate estava a despertar, parecia egoísta, mas preferia que esta não o fizesse, precisava de mais algumas horas para aclarar as ideias.
Mas Kate pensava de maneira diferente, estava na altura de voltar á terra, acordar do mundo dos inconscientes.
John ouviu-a gemer uma vez mais e percebeu que estava na altura.
Levantou-se, desta vez sentindo a dor excrussiante nas pernas, mas isso não o deteu.
Deitou-se ao pé da mulher, pegou-lhe na mão, da mesma maneira que fizera umas horas atrás, embora esta não tivesse dado conta.
"Olá linda, como te sentes?" Ainda chorava.
"Olá, que se passou? Onde estamos? Porque choras?" as perguntas eram imensas e nenhuma delas parecia ter resposta para kate.
"Calma, lembras-te que iamos no carro para as montanhas, e iriamos passar a noite da passagem de anos num chalé certo?"
"Sim lembro-me, vinhamos no carro, ia a olhar para ti quando derepente vejo uma luz branca que me encadeou, depois so me lembro de sentir uma dor enorme nas costas e depois devo ter apagado, não me lembro de mais nada apartir daí"
"Pronto, essa luz era um carro que veio na nossa direcção e bateu-nos de frente, fomos projectados uma centena de metros, depois viemos para aqui e têm estado a tratar de nós"- John não queria entrar em promenores de como tinham ali chegado, nao era preciso e ela não precisava saber o estado dele, em relação ao dela, esse caso ja era diferente.
Calaram-se por instantes, para que Kate absorvesse a informação.
"Não me respondeste á ultima pergunta que te fiz"- Continuou Kate
"Qual?"
"Porque choras?" Kate queria saber,provavelmente era por causa das dores, afinal ele também as devia sentir, mas perguntou na mesma.
Antes que John respondesse Kate passou a mão na barriga, por instinto, e qualquer coisa estava errada, onde estava a saliência, onde estava a barriga própria de uma mulher grávida?
"Eles tiveram que te operar, segundo o que dizem na altura do acidente sofreste um aborto, mas como estavas inconsciente o corpo não expulsou o feto, como tal o teu corpo levou a que fosse um virus, um corpo estranho e reagiu pondo-te em coma." John não podia esconder mais, era visivel e Kate sentia-o
Choraram os 2 durante horas, dias, semanas, meses.
Souberam que o condutor do outro carro tinha morrido a caminho do hospital com uma overdose de cocaina, nao fora o acidente que o matara, mas sim o vicio.
A magoa era indescritivel, nunca tinham sentido nada assim na vida.

Decorria agora o mês de julho de 2013, 6 meses depois da noite do acidente em que ambos tinham perdido a passagem de ano, tinham perdido o filho que tanto desejavam, tinham perdido a esperança de um dia puderem cumprir esse sonho.
Kate tinha-se despedido do seu emprego, não queria a pena de ninguém, queria que a compreendessem, mas que não sentissem pena dela.
Dedicava-se agora á pintura e vendia os quadros, ora em leilões, ora em feiras, mas estavam a vender bem, o público parecia gostar das suas obras.
John tornara-se investidor independente, e era agora dono de 50% das acções de um dos bancos mais importantes da cidade.
Viviam bem, financeiramente pelo menos, em termos pessoais, ainda se amavam, mas faltava o elo que os ligara desde que souberam que Kate estava grávida.
Passeavam na praia, á beira mar de mão dada, viam as crianças a correr e doía mas sentiam-se felizes, afinal estavam ali a correr, alegres, alheios ao mundo que os rodeia, o mundo perigoso em que viviam.
Olharam um para o outro ao passarem pelo ultimo grupo de crianças que ali se encontravam e tiverem uma daquelas mistica conversas telepáticas.
Sorriram, finalmente sorriram ao fim de 6 meses, a luz ao funo do tunel parecia acender-se de novo nos seus corações.
Decidiram voltar a tentar ter filhos, queriam fazer uma homenagem ao filho que tinham perdido, nao o iriam substituir, isso nao lhes passava pela cabeça, iriram sempre lembrar-se do seu 1º filho, o filho que nunca tiveram, o filho que ficou por nascer...

7 comentários:

  1. :')
    estou a adorar sim?
    espero que consigam ter o filho desta vez.

    neste momento odeio o homem que foi contra eles!
    ao menos tinha o acidente sozinho!!

    :p
    continua o bom trabalho :)

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  2. Diz-me que eles vão conseguir sim?

    Continuo a dizer que acho que devias escrever uma novela, tu fazes frente ao Rui Vilhena xD Tens assim bueeee jeito =D

    Quero maaaaaaais!

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  3. C.
    Ainda bem que gostas ;)
    Pois, tive que por algum drama na história, afinal a vida não é um mar de rosas...

    Diii

    Não te posso adiantar nada, terás que seguir a história.
    O Rui que se cuide que vo a caminho XD
    Na, para la chegar tenho muito caminho a percorrer, ainda há muito para aprender para chegar ao nível dele, mas obrigado ;)
    Estou a tratar da parte 7

    Para quem dizia que á 4 dias que não punha nada acho que me safei bem ontem, digo eu XD

    Hoje sai a parte 7 e talvez quem saiba a 8, vamos ver ;)

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  4. sim senhor, epah foi pena, mas os acidentes acontecem mesmo sem nós querermos e quando menos se espera. mas estou a gostar de ler! continua ;)

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  5. Tive que acrescentar drama á história, a vida é difícil e a história estava demasiado perfeita ;)
    Quero ver se adianto, para ver se acabo a historia na parte 10 vamos ver
    Obrigado por leres e dares a opinião ;)

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  6. pq acabar na parte 10??? isso é verdade tava demasiado perfeita, mas ta fixe ;) continua!

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  7. Não sei, to a fazer uma media de 2 paginas por parte, se acabar na parte 10 fica uma história com 20 páginas, não é mau :P

    Isto hoje ta complicado, to encalhado, hoje não sai tão facilmente, só devo por a parte 7 hoje lêem só uma ;)

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