19 outubro 2010

Aí estás tu, outra vez.
Sentada na nossa casa com ele.
Não acredito.
Como podes ser tão fria?
Eu sei que queria estar com alguém novo.
Tudo bem por mim.
Mas isto é cruel.

Não te dei tudo o que disse que te daria?
Não te levei aos sítios que disse que levava?
Não te dei o amor que prometi?
Diz-me porque foste...
Desperdiçaste o meu amor.
Como foste capaz de lhe dar o amor que te dei.
As coisas que te dei.
Levá-lo aos sítios onde te levei. 
As promessas que te prometi.

Quero ter certezas.
Isto não pode ser o que vejo.
Não acredito que sejas tão fria.
A casa que comprámos e partilhamos, partilhas agora com ele.
Como dormes á noite?
Não te pesa o facto de percorreres com ele os mesmos corredores que percorreste comigo?

De ele se sentar onde eu me sentei?
De ele dormir na mesma cama onde dormi?
De o abraçares como me abraçaste?
De o beijares como me beijaste?
De lhe chamares o que me chamaste?
Não pesa???

Ainda sinto a tua ausência.
Sofro a tua partida.
Mas apesar disso não eras quem eu pensava.
Desiludiste-me...

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