04 outubro 2010

Vagueava na rua.
Vazia.
Nada se vê.
Nada se ouve.
Que estranho.
Ainda ontem aqui passei e havia gente a passar.
As crianças brincavam e gritavam.
Hoje, porém, nada se ouve.
Continuei o meu caminho.
Quando nada se ouve costumo fitar o chão.
Deixar a mente divagar.
E assim foi.
Sonhei que estava na praia.
Talvez por ali estar frio.
Mas parou.
Rapidamente.
No chão uma pétala de rosa.
Branca.
Naquela época não havia rosas.
A não ser nas floristas.
Apanhei-a.
O aroma ainda se fazia notar.
Mais uns passos e nova pétala.
Que estranho.
Olhei á minha volta.
Continuava tudo vazio e silencioso.
Voltei a apanhá-la.
Estas descobertas e gestos da minha parte seguiram-se por mais alguns metros.
Até que descobri a causa.
Uma rapariga levava na mão um ramo de rosas.
Também ela caminhava de cabeça baixa.
Não reparando então que estava a perder tão valiosa carga.
Cheguei perto dela.
Toquei-lhe no ombro.
Quando se virou, uma enorme surpresa.
Era a rapariga que me deixara enfeitiçado duas noites atrás.
Quando a vi no bar, do outro lado da sala.

Encontrei-a, e de certa forma devido ás pistas no caminho.





(Encontro;Pista)

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