10 outubro 2010

Saíste sem dizer para onde ias.
Bateste com a porta.
Acordei com o som.
Procurei-te ao meu lado.
A cama estava vazia.
Levantei-me.
Procurei-te pela casa.
Não estavas.
O teu pijama estava pendurado na cadeira.
Ao lado da cama.
O copo do café estava no lavatório.
O meu estava na máquina.
Cheio para quando me levantasse.
Tal como fazias todos os dias.

Não percebo o que mudou para saíres sem me falares.
Porque saíste?
Não me avisaste.
Não era normal.

Saí para o trabalho alguns minutos depois de ter ouvido a porta bater.
Ainda estranhando o som.
Telefonei-te á hora de almoço.
Não obtive resposta.
Trabalhei até ás 18h.
Quando cheguei, a casa estava vazia.


Sentei-me no sofá.
Esperei por ti.
3 horas passaram e sem nenhum sinal de ti.
Estava a desesperar.
Continuava sem entender a tua ausência.

Nessa noite deitei-me sozinho.
Pela primeira vez desde que começámos a viver os dois.
Estranhei a cama, vazia do teu lado.
Estranhei não ter o teu corpo para afagar.
Para me aconchegar.

É enorme o vazio que sinto.
Preciso de ti aqui.
Preciso de dormir aconchegado a ti.
Foi a isso que nos habituámos.


Quero ouvir de novo a porta bater.
Quero ouvir-te entrar.
Quero sentir o teu corpo por baixo dos lençóis.
Encostado ao meu.

Volta...

Sem comentários:

Enviar um comentário

+ histórias