05 maio 2011

Caíste nos meus braços com o desejo nos teus olhos. Pendeste a tua cabeça para o meu lado, para que te pudesse observar, e em silêncio foi o que fiz. Coloquei o meu braço debaixo do teu pescoço, cheguei-te para mim. A tua cabeça pousou no meu peito. Embalei-te levemente, gostas que o faça. Comecei a acariciar-te a face com a mão esquerda, enquanto a direita passeava pelos teus cabelos. O silêncio foi interrompido pela tua respiração profunda. Assim soube que tinhas sucumbido ao cansaço e que agora repousavas nos meus braços. Mesmo não vendo a tua face sabia que um leve sorriso habitava os teus lábios, está lá sempre que nos meus braços repousas. Continuei as carícias, agora mais leves para não acordares. Segundos passavam, minutos cessavam e continuavas a dormir nos meus braços. Acordavas exporadicamente para mudares de posição. Olhavas para mim sempre que o fazias, certificando-te que ainda ali estava voltavas a repousar e adormecias novamente. É incrível a facilidade com que adormeces nos meus braços. É doce o teu descanso.

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