28 julho 2011

 Lisboa, 27.07.2011

Querida Desaparecida,


Nunca te obriguei a nada, nunca te menti nunca te fiz nada que te deixasse furiosa.
Sempre te dei o que querias, sempre te acariciei, sempre te amei. Afaguei-te todas as lágrimas.
As palavras que te sussurrava nao serviam? Mais alguém tas dizia?
Alguem te olhava com o calor e a paixão com que eu fazia?
Alguem te abraçava como eu? Alguém te aconchegava e dava um ombro onde repousares a cabeça?
Aparentemente alguem te dava mais que eu!!
Nos dias que antecederam a tua partida as tuas palavras escassearam, o tom era frio e esquivo, os teus olhos eram gélidos e distantes, o teu toque rotineiro e forçado. Os momentos carinhosos desapareceram, as noites de partilha perderam-se.
Que passos eu perdi? O que aconteceu? Que degrau eu falhei?

Digna-te a responder, digna-te a justificares-te.
Por tudo de bom que partilhámos justifica-te!!!

Atenciosamente 
O Falhado

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