30 julho 2013

   Soube que tens ouvido comentários relativos a mim. Alguém te disse que ando a fugir de ti. Que me vêem, dia após dia com mulheres diferentes. Que me vêem entrar ás escondidas numa casa.
   Quem te disse isso? Quem te meteu isso na mente? Até que ponto confias na tua fonte? Acreditas em palavras aguçadas ditas por bocas sujas de mentes perversas? Gente que nem na própria casa se sente bem e decide fazer de todas as outras igual. Para não se sentir mal suponho. 
   Agora percebo, é por isso que te sinto longe de mim. Quando olhas para mim não estás realmente a fazê-lo. Que á noite não esperas por mim e quando me deito finges dormir. Sim, reparei que não dormes realmente. Sabes, apesar dos anos passarem ainda te sei ler. Melhor do que pensas. Mesmo em silêncio sei o que te vai na mente. As perguntas que te atropelam a lógica. Deixei as coisas andarem para ver até que ponto confias em mim. Confesso que esperava uma reacção diferente a tua parte. Esperava que me confrontasses. No entanto compreendo a tua escolha. Preferes não saber não é? Vou ser egoísta e dizer-te o que tenho andado a fazer, mesmo que não queiras. Aquele grupo de mulheres com quem tenho saído, são tuas amigas. A casa onde tenho ido é aquela branca que tanto desejamos. Os motivos? Toma, abre. Confia em mim. A roupa está no teu lado do roupeiro. Vai vê-lo, eu não o vi. A casa, bem a casa está quase terminada. Toma, tens aqui as chaves. Amanhã é lá que te vais atrasar. Depois diz-me o que achas. Agora vai, tens 15 minutos para te preparares, as tuas amigas estão a chegar. Vá, diverte-te.

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