24 outubro 2010

Fugiste. Deixaste-me só. Mantinhas-te por perto presencialmente, mas o teu coração deslizou para longe. Senti-o fugir das minhas mãos á uns meses. Nada disse, pensei que tivesse sido o meu cansaço a levar-me a essas conclusões, precipitadas talvez.
Mas enganei-me. Escapou-me mesmo. Deixou-me só. Sem o batimento a que me habituou, sem o calor dos teus braços para me aquecer o corpo. Agora gelado.
Petrificado de medo da separação. Do findar de tudo o que criámos a tanto custo ao longo destes anos.
Não sou o que pensaste ser? Iludi-te assim tanto?
Não é a mim que queres e demoraste tanto tempo a perceber?
São muitas as perguntas que tenho, mas falta-me algo. Falta-me a coragem para tas colocar. Precisava de respostas mas não as vou obter, vais sair antes que a coragem invada o meu ser.
Lamento que não tenha resultado. Eu tentei. Tentaste? Eu lutei. Lutaste? Eu quis. Quiseste?

Ficam os anos de boas recordações que criámos. Os longos passeios que demos. Os risos. A tua face linda. O carinho e amor que me deste. São memórias.

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