06 dezembro 2010

A música suave pairava no ar. Com as luzes apagadas só a lua iluminava o quarto.
O vento abanava suavemente as árvores mas era la dentro que algo especial acontecia.
Deitados lado a lado observavam-se, deliciados com o que viam. Ela, de cabelos e olhos castanhos emanava uma beleza única. Ele, de cabelo e olhos castanhos nada era comparado com ela, deliciava-se com tamanha beleza diante os seus olhos. Estava ali á algum tempo, aconchegados física e emocionalmente.
A mão direita dele pousou suavemente na face rosada dela, acariciando-a com a ponta dos dedos. Olhavam-se nos olhos e o brilho que ambos tinham dizia sem proferir uma única palavra o que sentiam, em silêncio.
Inclinou-se para ela e depositou-lhe um beijo na testa.
Puxou-a para si. Queria toma-la nos seus braços, abraça-la e nunca mais a largar. Dar-lhe um porto seguro, um lar. Calor. Era no interior dos seus braços que ela se sentia segura, desejada, em casa.
Ficaram assim durante horas. Com os corpos colados, aconchegados. Sem nada dizer. Perdidos nos pensamentos calorosos. As caricias continuavam. Uma mão hábil passeava nos belos cabelos pendidos pelo ombro. A outra passeava os dedos, ora pela cintura, ora pela barriga perfeita que ela possuía.

(06.12.2010)
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Trocaram beijos, intensos, lentos, quentes. Os lábios não se queriam descolar. Tinham um desejo ardente de se tocarem. De se sentirem tocados.
As línguas entrelaçavam-se numa dança exótica. Hábeis. Sedentas. 
A respiração alterou-se, o coração acelerou, a temperatura corporal subiu em flecha.
O ambiente intensificou-se.
O sangue fluía agora para zonas específicas do corpo, levado pelo desejo de união.
Puxou-a ainda mais para si, com um gesto brusco.
Os olhares fixaram-se. Agora mais intensamente que antes. 
Não era só o sentimento que queria entregar. O corpo também queria ser entregue.
Não haviam falado neste tema, mas ambos sabiam que o queriam.
Com uma habilidade incrível ele tirou-lhe a camisola. 
Quando ela o ajudou a tirar o resto da camisola, o soutien já lá não estava. 
Não dera conta mas ele tirara-o.  Este pendia agora na mesa de cabeceira, por cima do candeeiro. 
Percorreu todo o tronco dela com as mãos, desbravando terreno para o que se seguia. Com as mãos na sua cintura virou-a de barriga para cima e percorreu-lhe o corpo com os lábios. Quentes, húmidos, desejosos de saborear cada milímetro da pele dela. Agora arrepiada.


(07.12.2010)
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A cabeça pendia levada pelo prazer que os lábios lhe davam no corpo. Uma vez no limiar da cintura regressou onde começou, passando pelos perfeitos seios desnudos. Roçou a face neles, inspirando o aroma que emanavam. 
De seguida beijou-os, levando-a a gemer. 
Com movimentos circulares e aparentemente experientes a língua percorreu-lhe os mamilos virgens. 
Nunca a tinha ouvido gemer tanto. As mãos dela haviam aterrado nas suas costas e agora arranhavam-nas, tamanho era o prazer.
Decidiu dar-lhe descanso, deixa-la respirar, arrefecer o clima.
Mas não era isso que ela tinha em mente. 
Com uma força que desconhecia puxou-o para si. Queria beijar-lhe os lábios, acariciar-lhe a língua com a sua, em gesto de agradecimento.
Num beijo intenso ele elevou a cintura do colchão e colocou-se em cima dela, abrindo-lhe as penas, suavemente, com as suas.
O peso do seu corpo no dela arrancou-lhe novo gemido. 
Estavam agora colados, separados da união perfeita por uma fina camada de tecido.
Tecido esse que rapidamente desapareceu.


(08.12.2010)
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