02 agosto 2011

    A janela está fechada e o ar frio não entra em nossa casa. Estou a tentar perdoar-te, quero confiar em ti de novo, mas não consigo.É-me impossível. Tento esquecer o que fizeste, quero arrancar estas dolorosas memórias do meu coração. Apagar essas imagens da minha mente, mas qualquer movimento teu me faz pensar que vais repetir. Onde quer que vás deixas-me com dúvidas.Sempre que o teu telefone toca o meu coração salta, desconfio do que dizes. Parece-me que todos sabem o que não sei, o que nunca desconfiarei.Olhando através da janela recordo-me dos olhos, essas belas janelas que me mostram o céu, e já não vejo o teu amor incondicional, já foi partilhado. Aposto que da tua boca saíram as mesmas palavras que sempre saíra, para mim.Um "amo-te" sussurrado ao sentires o corpo dele suado contra o teu.
   Cada segundo que passa sem uma mensagem tua me deixa furioso, não te ligo tentando parecer forte. Sozinho dentro desta casa não evito guardar para mim toda a mágoa causada por ti.
   Alguém desrespeitou o que sempre presei, alguém profanou o meu templo, alguém levou a minha deusa.
   Por favor, regressa a esta casa, abre a janela e deixa as minhas dúvidas voarem. Jura-me que isto não passa de uma loucura e és só minha. Guarda todas as palavras, que o teu coração é capaz de esconder, apenas para mim.
Colaboração de Pi

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