01 dezembro 2011

     Saíra para a discoteca com o intuito de me divertir. Queria desanuviar o stress do cansativo dia que havia tido. Sai de casa com a roupa que levava habitualmente para a discoteca. Camisa preta de manda comprida, mangas dobradas ate ao cotovelo, calças de fato, também pretas, tal como os mocacines. Cheguei cedo, perto da meia noite e a música ouvia-se cá fora. As colunas gritavam em plenos pulmões, as luzes psicadélicas encadeavam quem entrava. Dirigi-me ao bar e pedi uma cerveja. Encostei-me e fiquei a observar o ambiente. Sozinho rapidamente chamei a atenção de quem olhava na minha direcção. Olhei uma mulher nos olhos e esta sorriu. retribui-lhe e esta veio na minha direcção. Parecia planar naqueles enormes saltos. As calças, justas ao seu corpo pronunciavam ainda mais cada curva deste. Também ela vestia uma camisa, branca, em contraste com a minha. Os botões do topo, estratégicamente desabotoados produziam um decote pronunciado. Juntou o seu corpo ao meu e com os lábios encostados ao meu ouvido "danças?" Coloquei a mão na sua cintura em sinal de aprovação. Deslocamo-nos para a pista de dança, abrindo caminho por entra a multidão e colamos os nossos corpos aos som daquela musica quente. As suas mãos estavam no meu pescoço, forçando o contacto dos nossos rostos. Os nossos olhos encontravam-se fixos nos do outro. A tensão era visível. A música terminou mas continuamos colados, os nossos lábios encostaram-se finalmente. "Anda" disse-me agarrando na minha mão...

1 comentário:

  1. Uma finalização inteligente, que deixa no ar a idealização do que ocorreu por parte de quem está a ler. Gostei e quem sabe não poderás continuar este texto num outro, quase como a finalização de tudo o que ficou suspenso e daquilo que em silêncio todos queremos saber!

    Um beijo, Emilie.

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