Uma gota atingiu-te o rosto. Não estavas a espera e a tua reacção exagerada arrancou-me uma gargalhada. Elevaste a cabeça ligeiramente e observaste o céu, nova gota te acertou. Olhei para ti, também eu já havia sido alvo do mesmo ataque. Sorrimos um para o outro e a resposta surgiu unânime e silenciosa. Voltaste a pousar a cabeça no meu peito e continuamos ali deitados a baloiçar ligeiramente enquanto as nuvens descarregavam a sua fúria. Coloquei a minha mão na tua cintura e continuámos em silêncio.
Tão depressa como chegou abalou. As gotas cessaram, as nuvens passaram, as estrelas ressurgiram, a lua estava de novo visível.
A tempestade passou e os nossos corpos continuavam juntos, naquela cama de rede.
David como sabe bem te ler, como entendo esses silêncios que tudo dizem, que tudo sentem. Gosto de te ler, gosto de te ver a falar de amor, a exprimires o que sentes, o que sonhas, o que passas. Continua assim, grande abraço
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